
Jamile Nusse
3 de abr. de 2025
Nos atendimentos espirituais, é muito comum surgirem questões relacionadas a entes queridos falecidos. Seja por meio da cartomancia, onde as pessoas buscam saber como seus familiares estão, ou através das consultas com magia, onde o paciente relatam manifestações estranhas, pedidos de ajuda e presenças sentidas após um falecimento recente. Hoje, vamos conversar sobre como podemos ajudar esses espíritos e também aqueles que ficam.
O processo do desencarne
Nem todos os espíritos aceitam facilmente o desencarne, especialmente quando a morte ocorre de forma repentina, violenta ou quando há assuntos inacabados. Isso pode gerar diferentes reações no espírito recém-desencarnado:
Aceitação rápida: Espíritos com um nível maior de maturidade espiritual ou que já possuíam crenças que os preparavam para a morte tendem a aceitar esse novo ciclo e seguir adiante sem grandes dificuldades.
Confusão e apego: Alguns espíritos não percebem que faleceram e continuam presos aos hábitos da vida material, tentando interagir com os vivos sem compreender por que não são ouvidos.
Rebeldia ou revolta: Se a morte foi traumática ou inesperada, o espírito pode sentir raiva, medo ou tristeza, recusando-se a seguir seu caminho. Ele pode se recusar a aceitar a forma como faleceu. Em algumas situações o desencarne afeta diretamente aquele espírito.
Preocupação com os vivos: Alguns desencarnados sentem que ainda precisam proteger ou cuidar de alguém, o que os faz permanecer presos à Terra e atrasar sua jornada espiritual.
Espíritos recém-desencarnados são vulneráveis e podem facilmente tornar-se sofredores. Dependendo do nível de desequilíbrio e negatividade, podem até se transformar em obsessores.
Sim, entes queridos podem, em alguns casos, acabar se tornando obsessores.
Como podemos ajudar
Na M.U., tratamos esse tipo de situação com seriedade e respeito. Nosso trabalho envolve acolher a dor e as preocupações do espírito, compreender o que o abalou e ajudá-lo a seguir seu caminho. Realizamos processos espirituais para abençoar e encaminhar esses espíritos para onde realmente pertencem, permitindo que encontrem paz.
Mas a ajuda não deve se limitar apenas aos que partiram. As pessoas que ficam também sofrem um impacto profundo. O luto, o vazio deixado pela ausência e as mudanças na vida cotidiana podem ser difíceis de superar. Se a morte foi violenta ou repentina, o choque emocional pode ser ainda mais intenso, deixando marcas energéticas profundas no ambiente e nas pessoas próximas.
O perigo de tentar contato com os espíritos falecidos
O mais importante: não tente se conectar com esses seres. Muitas pessoas acendem velas, chamam pelo falecido e pedem ajuda para resolver problemas do dia a dia. Isso é perigoso porque você não sabe como aquele espírito está do outro lado. Se ele se tornou um obsessor, não ajudará – pelo contrário, pode prejudicar e atrapalhar ainda mais. Mesmo que seja um espírito que realmente queira ajudar, se estiver envolto em negatividade, pode acabar causando mais dano do que benefício sem perceber.
Por isso, evite práticas de invocação e contato direto. Há formas seguras de ajudar e receber auxílio sem chamar por esses espíritos.
A magia no processo de luto
Aqui na M.U., não tratamos apenas os espíritos desencarnados, mas também os vivos que sofrem com sua partida. O luto é um processo complexo e não deve ser ignorado. Mesmo que o falecimento tenha ocorrido há anos, se a dor ainda é intensa e impede a pessoa de seguir em frente, pode ser trabalhado espiritualmente.
A magia é uma ferramenta poderosa para auxiliar nesse processo, mas é importante lembrar que ela não substitui o tratamento psicológico ou médico. Ela funciona como um suporte, ajudando a aliviar o peso emocional, a trazer clareza e a facilitar a transição tanto para o espírito quanto para os vivos. No entanto, não é um milagre instantâneo. O luto não desaparece da noite para o dia, e cada pessoa tem seu próprio tempo de cura.
O entendimento das fases do luto é essencial para reconhecer em qual estágio a pessoa se encontra e como melhor ajudá-la. A magia pode atuar como um facilitador, trazendo conforto e equilíbrio para a alma, mas é um processo que exige paciência, acolhimento e, muitas vezes, acompanhamento profissional.
Além disso, não utilizo as cartas para ver como está um espírito falecido. Prefiro tratar a situação através da magia, envolvendo todos os aspectos necessários para trazer resolução e equilíbrio. A abordagem magistica permite um trabalho mais profundo e seguro, garantindo que tanto o espírito quanto aqueles que ficaram encontrem um caminho de luz e harmonia.
Se você sente que a perda de um ente querido ainda afeta sua vida, seja por dor intensa, sensações estranhas ou até manifestações espirituais, saiba que há caminhos para encontrar alívio e ajudar tanto a si mesmo quanto ao espírito que partiu. Busque auxílio, tanto no campo espiritual quanto no psicológico, e permita-se atravessar esse processo com mais leveza e compreensão.
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