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O medo das cartas "negativas" no Tarot e Lenormand - Casa de magia Vanadis

Jamile Nusse

10 de abr. de 2025

É muito comum que quem busca uma leitura de cartas – seja no Tarot, no Lenormand ou no baralho cigano – chegue com um certo receio das chamadas cartas “negativas”. Cartas como A Serpente, O Caixão, O Chicote, A Raposa, Os Ratos, entre outras, carregam uma carga simbólica que pode assustar à primeira vista. E sim, existe uma polaridade nelas que muitas vezes é associada ao desconforto, dor ou perda. Mas o medo que surge diante dessas imagens e significados é natural – e também pode ser compreendido.


Por que temos medos das cartas negativas?


De acordo com pesquisas na área da psicologia, o medo do desconhecido e da perda de controle são dois gatilhos muito fortes em nossa psique. Quando consultamos um oráculo, estamos, de certa forma, acessando um território simbólico que fala diretamente com o inconsciente. E esse inconsciente carrega medos ancestrais de fim, traição, sofrimento, abandono. As cartas apenas despertam isso.


Além disso, vivemos em uma cultura que muitas vezes valoriza o “positivo tóxico”: aquela ideia de que tudo precisa ser luz, amor e felicidade. Quando algo que foge dessa narrativa aparece, tendemos a rejeitar – inclusive dentro de uma leitura oracular.


Mas a verdade é que o medo dessas cartas revela, na maioria das vezes, um desejo de controle e uma dificuldade em lidar com a impermanência. Afinal, o oráculo não existe para te agradar, mas para te orientar. E, por mais paradoxal que pareça, até o que é difícil pode ser uma bênção disfarçada.


Cartas negativas podem trazer libertação


Vamos imaginar uma situação real: uma consulente está presa em um relacionamento tóxico. Ela já sabe que aquilo a machuca, mas não consegue sair. Está cansada, esgotada, mas também com medo. Se, nessa leitura, sai O Caixão, o que essa carta está trazendo?


O Caixão simboliza o fim, o encerramento de um ciclo. E para essa consulente, esse "fim" pode ser a chave da libertação. Ainda que doloroso, é o necessário.


Só que é importante lembrar: o fim de um relacionamento, de um emprego, de um ciclo, por mais desejado que seja, ainda carrega um luto. E o luto não é apenas para quando alguém desencarna. Sentimos luto por versões de nós mesmos que ficam para trás, por sonhos que não se realizaram, por laços que precisam ser rompidos. Dói, mas também limpa, liberta, prepara o terreno para o novo.


O contexto é tudo


Na cartomancia, nada é absoluto. O que é negativo para um pode ser positivo para outro – e vice-versa. No mesmo exemplo anterior, imagine se aparecesse a carta A Árvore, símbolo de enraizamento, solidez, permanência. Parece uma carta bonita, não? Mas nesse caso, ela poderia indicar que o relacionamento está estável demais, que nada vai mudar tão cedo. E para quem quer sair dessa situação, isso seria desesperador.


Por isso, não existe carta "boa" ou "má" em si. Existe o contexto, a pergunta feita, o momento da vida em que a pessoa se encontra e, principalmente, a forma como tudo isso é interpretado.


O oráculo existe para te ajudar


É essencial lembrar que o oráculo está a seu serviço – não contra você. Ele é uma ferramenta de autoconhecimento, orientação e, muitas vezes, cura. E como toda ferramenta de cura, pode tocar em feridas. Mas também pode mostrar saídas, indicar o caminho e dar força para decisões que pareciam impossíveis.


Nem tudo está escrito em pedra. Muitas vezes, o que aparece na leitura pode ser transformado com uma mudança de atitude, com um novo olhar ou com uma ação concreta. Outras vezes, o que vemos é algo que não está sob nosso controle. E tudo bem também. O importante é saber diferenciar uma coisa da outra e se responsabilizar apenas pelo que cabe a você.


O papel do cartomante (e o seu direito como consulente)


Por fim, é fundamental que você se sinta acolhido e respeitado em uma leitura. O papel da cartomante não é te julgar, nem te “esculachar”, nem te fazer sair da consulta se sentindo menor ou humilhado. Pelo contrário: uma leitura deve ser empática, ética, clara e sem julgamentos.


Se você está saindo mal das consultas, se sentindo maltratado ou exposto, preste atenção: o problema não é o baralho. É a forma como ele está sendo conduzido.


A cartomancia não é um espetáculo de autoridade, é um espaço de confiança e cuidado. E você merece ser bem tratado enquanto busca respostas e caminhos para sua vida.


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CNPJ: 54.947.869/0001-77

©2023 por Jamile Almeida Nusse

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