Jamile Nusse
30 de mar. de 2025
Muitas pessoas desconhecem que é possível firmar pactos de maneira inconsciente. Essa situação pode gerar consequências significativas, como interferências espirituais que não se resolvem facilmente.
Tive uma experiência pessoal que ilustra bem essa questão. Durante um período de forte atuação espiritual, percebi que a magia que ativava não resolvia o problema. Eu via o obsessor em sonhos, nos espelhos, andando pela casa, e nada parecia afastá-lo, estava virando festa. Conforme fui analisando os sinais, os mistérios que esse ser carregava, e onde ele estava atuando, identifiquei que a raiz do problema estava no campo do amor. Se a magia não surtia efeito, era porque, de alguma forma, eu tinha merecimento em estar sendo atuada. Mas por quê?
A resposta veio durante uma aula de magia, em uma discussão sobre pactos e contratos espirituais. Ouvi, de forma sutil, a seguinte pergunta: "E aquele pacto que você nunca quebrou?" Isso me fez lembrar de um episódio de anos atrás, antes de eu ser maga, quando eu estava começando a me aventurar na espiritualidade.
Me conectei com um ser destrutivo, acreditando erroneamente que era uma divindade. Fiz um pacto sem plena consciência do que estava fazendo. Naquele momento, prometi algo em troca de ajuda e, como prova da seriedade do acordo, declarei que aquele ser poderia destruir minha vida caso eu não cumprisse minha parte. O tempo passou e esqueci completamente da promessa. No entanto, um pacto esquecido não significa um pacto desfeito. Eu ainda, sem consciência da seriedade do que eu estava fazendo, prometi que iria estar trabalhando com aquele ser para sempre.
Muitas vezes, não chamamos um ser conscientemente para estabelecer um pacto. Apenas juramos e prometemos algo sem perceber que estamos vinculando nossa energia a uma entidade destrutiva. Isso nos leva a um ponto fundamental: a necessidade de proteção, discernimento e reconhecimento de energias antes de qualquer interação espiritual. Mais importante ainda, se você não sabe o que está fazendo, simplesmente não faça.
Essa situação me serviu como um grande aprendizado. Sempre tive um espírito explorador e ousado, sem medo de tentar. Contudo, diversas vezes isso resultou em situações complexas, reforçando a importância da prudência no caminho da magia, mais uma vez, principalmente se você não sabe o que está fazendo.
Não pense que nunca vai cometer erros. Somos humanos e estamos sempre aprendendo. Algumas lições só vêm através da experiência.
Como se firmam os pactos?
Um pacto pode ser firmado de diversas formas:
Verbalmente, através de juramentos e promessas;
Sexualmente.
Elementos.
Sangue.
Entre outros
Para quebrar um contrato ou pacto, é necessário entender como ele foi realizado. Apenas rituais ou magia não são suficientes: a pessoa que firmou o acordo precisa querer quebrá-lo. Muitas vezes, é necessário conscientizá-la sobre a situação e as consequências do pacto.
Para exemplificar, pense que você tem um contrato com uma empresa: se eu rasgar o papel não extingue a obrigação. Apenas a decisão entre uma das partes pode efetivamente encerrar o vínculo. O mesmo ocorre com pactos espirituais.
Cuidado na quebra de pactos sem experiência e conhecimento.
Não se deve tentar romper um pacto sozinho, principalmente sem conhecimento adequado. Em atendimentos espirituais, atuamos firmados na Lei e na Justiça Divina, protegidos por diversos mistérios e tronos maiores. Os obsessores não podem confrontar divindades e vibrações maiores. Nós, magos, contamos com um repertório completo, além do mestre de magia e estamos forrados de proteções. Se você não é mago, não tem a experiência necessária ou não está confiante, não tente por conta própria, pois isso pode agravar ainda mais a situação. Obsessores não são brincadeira.
Tenha muito cuidado com promessas, juramentos e, principalmente, frases que incluem um "para sempre". Algo como "Vou te cultuar para sempre".
Tenho certeza que você não quer virar um (a) escravinho (a) de obsessor.
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